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Gastos com o E-Voting - Pesadelos dos Sonhos Eletrônicos
Última alteração: 2014-09-23
Resumo
A maior eleição eletrônica realizada no planeta ocorreu no Brasil no ano de 2002, quando mais de 100 milhões de eleitores digitaram seu voto numa urna eletrônica. No Brasil, os investimentos em tecnologia da informação e outras iniciativas do governo eletrônico, a exemplo da votação eletrônica (e-voting), estão acontecendo sem a definição de uma política pública apropriada e testada para tais investimentos e sem a realização de pesquisas orientadas para estas ações. O processo do voto eletrônico está se tornando cada vez mais uma questão controvertida, a partir das críticas feitas à falta de segurança dos sistemas de votação eletrônica, às fraudes e às falhas da tecnologia. Por sua vez, o debate sobre o voto eletrônico não pode ser analisado apenas do ponto de vista técnico. Neste trabalho uma tentativa é feita para ampliar as críticas aos problemas relacionados com o voto eletrônico, com base nos gastos registrados nos últimos anos em tecnologia da informação no âmbito da Justiça Eleitoral e oriundos dos orçamentos da União, além de outros compilados de outras fontes. Diante dos resultados apresentados, o chamado e-voting, reverenciado como o salvador de um sistema eleitoral antiquado e problemático, parece estar caindo de seu pedestal.
Palavras-chave
Voto Eletrônico; E-voting; Sonhos Eletrônicos; Justiça Eleitoral; Gastos.